terça-feira, 16 de setembro de 2008

CONTRACEPTIVOS


O que são contraceptivos?

Os Contraceptivos ou meios anti-concepcionais são mecanismos que impedem a concepção (gravidez).

Podem ser métodos de barreira ( por ex. o preservativo ), métodos Químicos/Hormonais(por exemplo a pílula), métodos cirúrgicos ou métodos naturais.

Neste artigo falaremos dos três primeiros.

Que métodos existem ao dispor no mercado?

- Métodos de Barreira:

* Preservativo: se for bem utilizado é altamente eficaz e além de ser anti-concepcional, protege das infecções sexualmente transmissíveis ( ISTs ). Deve ser a escolha quando se tem relações com diferentes parceiros ou para prevenir complicações durante alguma fase infecciosa temporária ( ex: uma micose ). A única contra-indicação é a alergia ao látex, no entanto existem outros materiais ao dispor, nomeadamente os preservativos de poliuretano, que podem ser adquiridos na farmácia! Existem também preservativos femininos, que são colocados no interior da vagina da mulher, de forma a que a penetração seja efectuada no seu interior e de forma a reter os espermatozoides. Este tipo de preservativo não é comercializado em Portugal.


Diafragma

Não é utilizado em Portugal. A sua função é semelhante ao preservativo, mas é um dispositivo que é colocado no interior da vagina da mulher, cobrindo o colo do útero e impedindo a passagem dos espermatozoides para o seu interior. Recomenda-se o uso de espermicidas com este método para se mais eficaz. Este método não protege das Infecções Sexualmente transmissíveis.
Recomenda-se a sua colocação 15 a 30 min antes da relação sexual e só se deve retirar 6 a 8 horas após a última penetração.


- Métodos Químicos/Hormonais:

* Pílula. Tem uma eficácia muito próxima dos 100 % na contracepção. Devem é ser cumpridas muito bem as indicações recomendadas pelo seu Enfermeiro, Médico ou Farmacêutico. Esta medicação também pode ser usada no tratamento de problemas como o Acne ou o Hirsutismo ( crescimento aumentado de pêlos ) nas mulheres, sendo usada, nestes casos, uma pílula mais forte.


* Dispositivo Intra-Uterino ( D.I.U. ) - é um material inserido no útero sem qualquer tipo de dor, que liberta uma substância para as suas paredes, alterando as suas características que permitem a gravidez. A sua colocação não é dolorosa e é um método prático com uma duração média de 5 anos. As desvantagens são a possibilidade de não tolerar o D.I.U., não poder tomar anti-inflamatórios porque contrariam a sua acção e o facto de ter de ser colocado por um profissional de saúde habilitado.


* Implante intradérmico - É colocado no interior da pele no braço, com anestesia local. Liberta hormonas de forma gradual impedindo a gravidez. Dura em média 3 anos, devendo ser mudado nesta altura.


* Anel Vaginal - É colocado no interior da vagina e aí mantido durante 3 semanas. Na semana em que é retirado ocorre a menstruação e deve ser recolocado na semana seguinte por igual período. ( O mesmo sistema da pílula mas não precisa ser tomado qualquer comprimido diariamente ). Este método tem um sistema inovador de sms, que permite à mulher, após uma pré-programação para um número de telefone específico, ser lembrada pelo laboratório produtor, através de mensagem para o seu telemóvel, do dia em que deve retirar e colocar o seu anel vaginal.


Terapêutica Hormonal Injectável

É uma injecção com componentes progestativos que é administrada de 3 em 3 meses por via intramuscular. Pode ser usada durante a amamentação e as suas contraindicações são a alergia à progesterona, hemorragias persistentes, anemias e gravidez ou suspeita de gravidez. Tem como possíveis efeitos laterais: a alteralção do padrão menstrual (por exemplo amenorreia - ausência de menstruação - ou o inverso - hemorragias persistentes), alteração de peso, retenção de líquidos, cefaleias, fraqueza e nervosismo, etc. No entanto, tal como qualquer método químico, a sua prescrição deve ser feita por um médico, com uma prévia avaliação da mulher.


Adesivos transdérmicos

São adesivos que são colocados em determinados pontos do corpo e que vão libertando uma dose diária gradual de hormonas que impedem a ovulação. São trocados semanalmente e depois de 3 semanas de uso faz-se uma semana de pausa (não se aplicando o adesivo), ocorrendo nesta altura a hemorragia de privação (tal como acontece com algumas pílulas e o anel vaginal).


Espermicidas

São produtos utilizados sob a forma de cremes, pomadas ou óvulos que imobilizam ou destroem os espermatozoides.A sua eficácia varia entre os 50 e os 90% e aumenta quando são utilizados em conjunto com outros meios - por exemplo o preservativo (ainda que hajam espermicidas que não podem ser usados com os preservativos pelos riscos de os danificarem). Para serem eficazes devem ser colocados antes de qualquer relação sexual e tem, em geral, uma duração de 30 min. Não podem ser usados por pessoas sensíveis a estes produtos.


Existem ainda métodos de contracepção cirúrgicos, nomeadamente a laqueação de trompas ( na mulher ) ou a vasectomia ( no homem ). São certamente métodos que impedem com eficácia a gravidez, mas envolvem todo um processo cirúrgico, que apesar de simples, não deixa de implicar riscos. É uma boa opção em alguns casos, no entanto deve ser discutida e analisada com cada pessoa em particular.


Foram aqui descritos os contraceptivos mais utilizados no dia a dia. Existem muitos outros que teremos o gosto em esclarecer através do nosso e-mail ou Fórum.

A Saber: podem adquirir-se Gratuitamente a pílula, os preservativos e até vos ser colocado o D.I.U. ou o implante transdérmico? Basta para isso dirigirem-se ao centro de saúde onde estão inscritos ( Homens ou Mulheres ) e falarem com o vosso Enfermeiro de Família ou de Planeamento Familiar.Já que o acesso é tão fácil, há que pensar duas vezes antes de ter uma gravidez não desejada e proteger-se das Infecções Sexualmente Transmissíveis.

A PÍLULA CONTRACEPTIVA

O que é a pílula:

A pílula é um fármaco que na sua constituição contêm sintéticos das hormonas femininas, o estrogénio e a progesterona, pelo que deve ser sempre prescrita por um médico considerando a especificidade de cada mulher.

Existem dois tipos de pílula:

- pílula combinada, que na sua constituição têm estrogénio e progestogénio, podendo esta ser monofásica ( todos os comprimidos do blister têm a mesma dosagem hormonal) ou trifásicos( a dosagem hormonal dos comprimidos vai aumentando gradualmente ao longo do blister).

- pílula progestativa, contém apenas progestagénio, é a indicada no período da amamentação e para mulheres a quem por alguma razão clinica está contra-indicado o estrogéneo;

A opção pelo tipo de pílula mais adequada para cada mulher deve ser tomada em conjunto com a sua equipa de saúde.

Como iniciar a pílula:

Quando se iniciar uma pílula combinada deve-se fazê-lo no 1º dia da menstruação, devendo tomá-la diariamente e à mesma hora( pode associar-se a sua toma a uma rotina diária, como por exemplo, ao deitar), durante 21 ou 22 dias conforme a pílula.

Interrompe-se durante 7 dias, durante os quais (em qualquer dos dias) deve ocorrer a menstruação, designada hemorragia de privação. Durante este período, a mulher está protegida pelo efeito contraceptivo da pílula mesmo estando em período de pausa da toma.

Após esta paragem de 7 dias deve reiniciar nova embalagem e não havendo enganos deve iniciar a pílula sempre no mesmo dia de semana em relação ao inicio da embalagem anterior.


Ao iniciar uma pílula progestativa, pílula indicada durante a amamentação, deve-se inicia-la ao longo do 1º mês pós–parto. Fora deste período deve iniciá-la, normalmente, no 1º dia do período menstrual, tomá-la à hora habitual, diariamente, sem período de pausa, dado que esta pílula é composta por 28 comprimidos. Amamentando apenas uma a duas vezes/ dia a mulher pode ponderar com a sua equipa de saúde alterar a pílula para uma combinada.

Ao mudar de pílula, deve tomar-se a anterior até ao fim e iniciar a nova pílula exactamente no dia em que se iniciaria a outra, respeitando o intervalo de pausa de toma, de acordo com a especificidade da pílula.

Quando é que o efeito contraceptivo está assegurado?

Se a pílula for iniciada correctamente, ou seja, no primeiro dia da menstruação e tomada correctamente desde aí, então a sua eficácia contraceptiva estará garantida a partir da toma do primeiro comprimido.

Esquecimento da toma da pílula:

Ao tomar uma pílula combinada, e esquecendo-se de um comprimido, pode tomar-se este assim que for lembrado. Se não ultrapassar 12 horas da hora habitual não é necessário efectuar outro método anticoncepcional adicional.

Se eventualmente passarem mais de 12 horas da hora habitual da toma da pílula deve rejeitar-se o comprimido esquecido e manter-se a toma dos comprimidos seguintes, diariamente e à hora habitual. Durante o período de 7 dias após o esquecimento do comprimido deve utilizar-se um método contraceptivo adicional ,como o preservativo.


Se se tomar uma pílula progestativa, deve considerar-se que um atraso superior a três horas da hora a que habitualmente toma a pílula obriga ao uso de um método anticoncepcional adicional durante os dois dias seguintes.

Quando parar a pílula:

Não existe nenhuma vantagem em deixar de tomar periodicamente a pílula. As pílulas comercializadas em Portugal contêm uma baixa dosagem hormonal, bem tolerada habitualmente pela generalidade das mulheres.

Quando a mulher decide engravidar, deve considerar a necessidade de ter uma primeira menstruação espontânea (menstruação sem pílula), para que com a sua equipa de saúde possa calcular mais acertivamente o seu período fértil.

A mulher também deve ser aconselhada a parar a toma da pílula 4 semanas antes de, por exemplo, uma intervenção cirúrgica que requeira uma imobilização superior a uma semana ou em outra situação que se preveja tal, durante idêntico período de tempo. Neste período deve ser aconselhado ao casal um método anticoncepcional alternativo.

As vantagens do uso da pílula são:

- Tem elevada eficácia contraceptiva;

- Não interfere na relação sexual;

- Regulariza o ciclo menstrual, melhorando a dismenorreia e tensão pré-menstrual;

- Contribui para a prevenção de: cancro do ovário e do endométrio (revestimento interno do útero); quistos funcionais do ovário; doença fibroquistica da mama.

As desvantagens:

- Exige um empenho diário do casal para a toma de forma correcta por parte da mulher;

- Não protege contra as infecções sexualmente transmissíveis, o que só é conseguido com o uso correcto do preservativo;

- A pílula combinada durante a amamentação altera o leite materno pelo que deve ser substituída por uma apenas progestativa.

- A pílula progestativa pode estar associada a irregularidades no ciclo menstrual, podendo causar amenorreia(ausência de período menstrual).

O uso da pílula é absolutamente contra-indicado:

- Durante a gravidez;

- Se a mulher apresenta hemorragias genitais anormais e sem diagnostico conhecido;

- Se a mulher apresentar antecedentes de Acidente vascular cerebral, doença coronária ou tromboflebites;

- Na presença de doença hepática crónica;

- Se a mulher é fumadora e tem idade superior a 35 anos.

O uso da pílula requer ponderação:

-Se a mulher apresenta diabetes mellitus;

-Se é hipertensa( valores superiores a 160/100mmhg, implica contra- indicação absoluta);

-Se revela hiperlipidémia( excesso de gordura no sangue);

-Se sofre de depressão grave;

-Se tem alterações graves a nivel gastro-intestinal;

-Se manifesta cefaleias, tipo enxaqueca;

-Se tem epilepsia;

-Se apresenta varizes, devido ao risco acrescido de tromboembolia.

Efeitos colaterais:

-Náuseas e vómitos : comuns nos primeiros tempos de utilização da pílula, com tendência a desaparecer;

-Alteração do fluxo menstrual : habitualmente com a pílula combinada dá-se uma diminuição na quantidade e duração do fluxo menstrual, podendo por vezes ocorrer amenorreia, sem significar a existêcia de qualquer patologia, mas não deve ser excluida a hipótese de gravidez.

-Spottings : pequenas perdas de sangue durante os ciclos iniciais com pílula combinada são normais e devem desaparecer espontaneamente, se isto não acontecer deve consultar-se a equipa de saúde.

-Com o uso da pílula progestativa, as irregularidades do ciclo são comuns, podendo não ter um significado patológico.

-Mastodínia : a tensão dolorosa nas mamas é uma das queixas frequentes na mulher que inicia a pílula, tem tendência para desaparecer com a continuidade da toma, no entanto qualquer tumefacção ou nódulo, deve ser avaliado cuidadosamente.

-Alteração do peso: pode ao longo da toma da pílula ocorrer flutuação no peso corporal da mulher, esta pode ser devida ao aumento do apetite e/ou à retenção de líquidos, pelo que, são fundamentais as consultas com o seu enfermeiro de família com o qual a mulher encontrará estratégias para alterar estas situações.

-Depressão: esta é uma das queixas que a mulher pode apresentar, se se comprovar que está relacionada com a toma da pílula, deve ponderar-se a opção por outro método contraceptivo.

Todos os factores referenciados acima representam a necessidade da mulher ou preferencialmente o casal frequentar as consultas de planeamento familiar no centro de saúde, pois com a sua equipa de saúde, poder-se-á efectuar uma reflexão sobre a sua história clínica e sobre a evolução da sua situação de saúde, por forma a optar pelo método contraceptivo mais adequado.

Habitualmente as consultas de planeamento familiar são efectuadas de 6 em 6 meses pelo enfermeiro de família (ou enfermeiro responsável pela consulta de planeamento familiar) e pelo médico de família, no entanto as mulheres que apresentem alguns dos factores de risco enunciados acima devem efectuar um controlo periódico mais cuidadoso, em intervalos de tempo a definir pela equipa de saúde.


O que pode interferir com o efeito da pílula:

-Antibióticos: ácido clavulânico, amoxacilina, ampicilina, ciclacilina,
cloranfenicol, dapsona, doxicilina, eritromicina, minocilina ,oxacilina, oxitetraciclina, penicilina G e V ,rifampicina, tetraciclina, metronidazol;

-Antiepiléticos e anticonvulsivantes: carbamazepina, difenil-hidantoina, fenitoina ,fenobarbital, oxcarbazepina, primidona, topiramato;

-Outros: espironolactona (diurético), griseofulvina (antifúngico), Erva de São João (Hipericão);

-Episódio de diarreia ou vómito grave;

-Consumo excessivo de bebidas alcoólicas - A British Nutrition Foundation recomenda para as mulheres um consumo diário de 3 unidades de álcool, sendo 1 unidade equivalente a 25 ml de bebida destilada, um pequeno copo de vinho com teor médio de álcool ou uma cerveja.

Nas circunstâncias acima referidas, o casal deve usar, SEMPRE, um método contraceptivo adicional (por exemplo preservativo).

O PRESERVATIVO

Dados Históricos:

No século XVI o anatomista italiano Gabriel Fallopius recomendava um incomodo saquinho feito de linho e amarrado com um laço, que é considerado o primeiro preservativo, provavelmente utilizado para evitar doenças venéreas. Um século depois, um médico inglês - conhecido como Dr. Condom - resolveu criar um protector feito com tripa de animais para o rei Carlos II, a fim de evitar o nascimento de tantos filhos ilegítimos. Em 1939, com a descoberta do processo de vulcanização da borracha, os preservativos passaram a ser fabricados com esse material e ficaram elásticos.

Actualidade:

Este é o método contraceptivo mais utilizado em todo o mundo, que ajuda não só na prevenção da Gravidez não desejada, como também na evicção da transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como a SIDA, as Hepatites ou mesmo as micoses. É feito de látex ou poliuretano e geralmente vem já lubrificado, existindo em várias cores, aromas e tamanhos.

Vantagens

- Tem fácil aquisição, sendo o método ideal para relações ocasionais ou imprevistas.

- Pode ser utilizado sem contra-indicações e é o único método contraceptivo que protege também das ISTs.

- Se for utilizado correctamente tem uma taxa de eficácia de 97%.

Desvantagens

- Se for mal aplicado ou utilizado mais de uma vez pode romper, não evitando que o sémen entre na vagina.

Como Utilizar:

O preservativo deve ser colocado antes de qualquer contacto sexual, seja de que natureza for e sempre com o pénis em erecção.

Como colocar o preservativo:

1.Primeiro que tudo, verificar a data de validade do preservativo. Com a data de validade ultrapassada o preservativo, mesmo parecendo íntegro, tem maior risco de romper;

2.Abrir o invólucro cuidadosamente, pela zona de abertura fácil, nunca com os dentes, ou usando uma tesoura, pois pode romper-se o preservativo;


3.Colocar o preservativo junto à glande e apertar o reservatório (pequena saliência existente na porção distal do preservativo) para que este não fique com ar ao desenrolar o preservativo e não rompa;

4.Desenrolar o preservativo até à base do pénis– assegurar que não fica largo ou demasiado apertado. A escolha do tamanho certo é fundamental para prevenir que rompa.

5.Usar o preservativo apenas uma vez. Caso se tenha outra relação sexual, colocar um novo preservativo.

6.Retirar o preservativo logo após a ejaculação, ainda com o pénis erecto, para evitar o derrame de sémen.

7.Dar um nó, de forma a assegurar que não de derrama o conteúdo que fica no reservatório e colocar no lixo (nunca colocar o preservativo na sanita).

Cuidados a ter:

- Escolher marcas credenciadas de preservativos – verificar se tem selo de qualidade;


- Nunca esquecer de avaliar a data de validade do preservativo;

- Guardar os preservativos em local seco e protegidos do calor (nunca deixar preservativos no tablier do carro).

- Não andar com o preservativo no bolso das calças, pois há risco de dobrar e danificar o preservativo.

- Um local reservado, no interior da carteira é uma boa opção para guardar o preservativo ( mas nunca no mesmo local que cartões, moedas, ou outros materiais que o possam romper);

- Não usar vaselinas ou óleos para lubrificar o preservativo – caso seja necessária lubrificação extra usar soluções à base de água, que podem ser adquiridas na farmácia ou usar saliva.

- O uso de dois preservativos não é mais eficaz e pode trazer desconforto ao usuário. Um preservativo, bem usado, é suficiente.

- Escolher sempre o preservativo de tamanho adequado ao pénis do usuário.

1 comentário:

Anónimo disse...

ola, tipo eu so a 1 mes e que tomo a pirula, fiz o intervalo, so que so desceu no 5 dia, e eu comessei a tomar no 7 dia do intervalo, ha algum problema em eu ter feito isso? mesmo assim posso fikar descansada sempre k tiver relaçoes ou tenho k usar ao mesmo tempo outro metodo?