sábado, 18 de outubro de 2008

VACINA CONTRA A GRIPE















Vacina contra a Gripe

A gripe é uma doença viral causada pelo vírus Influenzae. Existem 3 tipos conhecidos deste vírus: A,B e C, sendo que apenas os 2 primeiros causam doença com importância para a Saúde Pública.

O Influenzae do tipo A sofre mais mutações e com maior regularidade que o B, pelo que é o responsável pelas epidemias mais alargadas de gripe.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, durante as epidemias anuais de gripe, 5 a 15% da população é afectada por infecções do tracto respiratório.

Como se transmite?

O vírus é transmitido aos indivíduos mais susceptíveis e tem um período de incubação média de 1 a 5 dias ( tempo que vai do contágio à manifestação de sintomas ). É uma doença que se dissemina rapidamente pela população, especialmente em condições de maior aglomeração.

O período de transmissão decorre desde 1 a 2 dias antes do aparecimento dos sintomas até 7 dias depois. Estudos revelam que crianças mais pequenas e os imunodeprimidos ( por ex. doentes com SIDA ou pessoas submetidas a transplante de órgãos ), tendem a disseminar o vírus durante um período mais longo de tempo.

Quem é mais susceptível?

Apesar da gripe atingir todas as pessoas de todas as idades, são os indivíduos com mais de 65 anos de idade e as pessoas com patologias crónicas ( Diabetes, Doenças Cardíacas, ...) que apresentam maior morbilidade ( taxa de doença ) e mortalidade ( taxa de morte ) por agravamento da doença já existente ou por pneumonia.

O agravamento da gripe pode acontecer por sobre-infecção provocada por bactérias ( Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenzae e Staphylococcus aureus) sendo este problema mais frequente nos grupos de risco acima referidos.

A Vacinação:

A vacinação anual está descrita como a melhor forma de prevenção da doença e impacte das epidemias de gripe.

As vacinas licenciadas, são eficazes, reduzindo a incidência da doença e ainda a gravidade e letalidade entre os grupos de risco referidos.

A OMS recomenda, para a época de 2005/2006 no hemisfério norte, as vacinas trivalentes contra a gripe que contenham as estirpes virais idênticas a:
A/NewCaledonia/20/99(H1N1)
A/Califórnia/7/2004(H3N2)
B/Shangai/361/2002

Estes códigos referem-se às estirpes que proporcionam maiores riscos para este ano.

As vacinas contra a gripe disponíveis em Portugal são inactivadas ( vírus “morto” ). Uma das Vacinas contém tiomersal e todas usam como meio de cultura o ovo embrionado.

A eficácia das Vacinas

É variável de ano para ano e depende do grau de concordância entre as características das estirpes existentes na vacina e as características das estirpes que provocam epidemias nesse ano, bem como da idade e imunocompetência ( defesas ) da pessoa vacinada.

Segundo a OMS, a vacinação das pessoas idosas, reduz a morbilidade associada à gripe em 60 % e a mortalidade em 70 a 80%. Nos adultos saudáveis, a vacina reduz a morbilidade em 70 a 90%.

Quando fica protegido?

Após a vacinação o nível de anticorpos que confere protecção é atingido, geralmente, ao fim de 2 semanas e persiste por um período inferior a 1 ano.

Nos idosos os níveis de anti-corpos podem descer abaixo dos níveis de protecção em 4 meses.

Como o pico de actividade gripal tem ocorrido entre Novembro e Fevereiro, a vacina, principalmente em idosos e imunodeprimidos, deve ser administrada em Outubro.

A Lembrar:

A vacina da Gripe deve ser tomada em Outubro/Novembro.

Os grupos de risco que acrescem a necessidade de toma da vacina são:
- as pessoas com mais de 65 anos ( especialmente se em Lares de 3ª idade);
- pessoas internadas ou residentes em instituições de cuidados de saúde (independentemente da idade);
- Pessoas Sem-Abrigo;
- Todas as pessoas com idade superior a 6 meses, incluindo grávidas em qualquer fase da gravidez e mulheres a amamentar, , que sofram das seguintes patologias ( Diabetes mellitus, Doenças crónicas, cardíacas, renais, hepáticas( fígado), pulmonares ( incluindo asma) ou neuromusculares ( com risco de aspiração );
- Em situação de imunosupressão .
- Crianças e adolescentes ( 6 meses a 18 anos ) a tomar prolongadamente salicilatos e, portanto, em risco de desenvolver síndrome de Reye após a gripe;
- Grávidas, que em Outubro, estejam no 2º ou 3º trimestre da gravidez.
- Profissionais de Saúde.

A vacina anual protege apenas contra a infecção pelo vírus da gripe humana.

Esta vacina não protege contra o vírus Influenzae A ( H5N1 ), responsável pela actual epizootia em aves, nem qualquer outra estirpe do vírus H5N1.

Quais as reacções à vacina?

- A vacina contra a gripe não provoca a doença, porque é uma vacina inactivada ao nível da União Europeia;

- A reacção mais frequente é o endurecimento no local da inoculação. Pode também ocorrer febre, mal-estar e dores musculares 6 a 12 horas após a vacinação e durante 1 a 2 dias.

- As reações alérgicas são raras.

Pode ler outras informações no folheto informativo da sua vacina.

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC

Acidente Vascular Celebral (AVC)






O acidente vascular cerebral (AVC) é uma situação de início brusco ou progressivo e corresponde ao aparecimento de sintomas neurológicos causados pela interrupção de circulação sanguínea mo cérebro, com o consequente défice de oxigenação das células cerebrais.

Tipos de AVC

Fácil é perceber que perante um AVC o indivíduo fica privado, temporariamente ou definitivamente de muitas das suas capacidades, sabendo que: as células nervosas não se regeneram.
Todas as células necessitam de oxigénio para sobreviver e executar a sua função. O cérebro é o órgão que controla os movimentos, a memória, o equilíbrio interno do organismo, as funções vitais, a fala, entre muitas outras tarefas.
Basicamente existem dois tipos de acidentes vasculares:


ISQUÉMICO

Aquele que é produzido pela oclusão de um vaso sanguíneo provocando um défice de oxigenação cerebral a jusante da obstrução. Esta obstrução pode ser provocada por um trombo (obstáculo que se forma no local) ou por um embolo (quando o obstáculo se desloca na corrente sanguínea até encravar num vaso de pequeno calibre).


HEMORRÁGICO

Aquele que é produzido pelo rompimento de um vaso sanguíneo cerebral, do qual resultam duas situações em simultâneo. Por um lado o sangue não passa porque o vaso sanguíneo não está íntegro. Por outro ladoo sangue derramado provoca uma irritação local inflamatória com consequente sofrimento das cálulas nervosas e edema.


Os AVC têm como causa doenças cardiovasculares, sendo muitas vezes desencadeado por complicações de hipertensão e da aterosclerose.

Os AVC apresentam quase sempre, sintomas neurológicos reflectindo-se principalmente a nível motor e sensitivo, com o aparecimento de paralisias e "formigueiros", numa só metade do corpo.

Quando esta situação se instala, é acompanhada de alterações da consciência que podem ir desde uma desorientação transitória até à instalação do coma, mais ou menos profundo.


Outros sinais e sintomas:

Dores de cabeça intensas
Alterações circulatórias e ventilatórias
Elevação da temperatura e convulsões


Causas de AVC

O AVC surge quando a corrente sanguínea, a nível cerebral, é reduzida ou bloqueada (trombose ou embolia), ou ocorra a ruptura de um vaso ou ocorra o ruptura de um vaso sanguíneo no território cerebral (hemorragia)

De um modo geral, esta situação é desencadeada pela aterosclerose (formação de placas de gordura no interior dos vasos sanguíneos, denominadas placas de ateroma) e pode originar três tipos de situações:


TROMBOSE CEREBRAL

A maioria dos acidentes trombóticos, resulta da acumulação de placas de ateroma nas paredes dos vasos, especialmente nas suas bifurcações e curvas. Esta situação vai impedir ou reduzir a progressão do sangue e irrigação das células localiza a montante desse trombo resultando na diminuição de oxigenação das mesmas.


EMBOLIA CEREBRAL

O acidente embólico sucede quando pequenos êmbolos da circulação cardíaca ou cerebral se deslocam e se alojam em pequenos vasos, ocasionando o seu bloqueio e consequentemente o aporte sanguíneo às células cerebrais que se encontram a montante dessa obstrução.


HEMORRAGIA CEREBRAL

A hemorragia intracerebral resulta, a maior parte das vezes, por rotura de um vaso cerebral, pois o vaso afectado pela aterosclerose, torna-se rijo e perde a sua elasticidade, acabando por não resistir à pressão da passagem do sangue, nomeadamente nas situacões em que ocorrem picos hipertensivos. Esta hemorragia espalha-se pelo tecido cerebral, afectando todo o mecanismo normal de oxigenação cerebral nas áreas vizinhas.


Sinais e sintomas

As manlfestações do AVC podem surgir de uma forma súbita ou de um modo lento e progressivo. Assim, a vítima poderá apresentar o seguinte:

Cefaleias (dor de cabeça);
Desorientação e agitação que podem evoluir para estados de insconsciência
Disartria (dificuldade em articular as palavras);
Hemiparésia (diminuição da força de um lado do corpo);
Desvio da comissura labial (a boca da vítma apresenta-se puxada para um dos lados);
Alteração da reacção das pupilas à luz podendo mesmo ocorrer assimetria;
Parestesias, sensação de adormecimento das extremidades;
Incontinência de esfíncteres;
Náuseas e Vómitos;
Convulsões


Nota: Estes indivíduos podem entrar em paragem cardíaco-respiratória a qualquer momento


Se lembrarmos a anatomia do Sistema Nervoso Central, recordamos que é ao nível do tronco cerebral que se processa o cruzamento de fibras nervosas que ligam o cérebro à Espinal-medula. Esta situação justifica o facto de o desvio da comissura labial se encontrar para o hemicorpo oposto ao da hemiparésia. Por sua vez a hemiparésia ocorre do lado oposto ao da lesão cerebral.


ACTUAÇÃO
Manter uma atitude calma e segura;
Acalmar a vítima;
Executar o exame da vítima;
Verificar e registar os sinais vitais;
Administrar oxigénio a 3 litros/minuto por sonda ou cánula nasal. No caso de diminuição acentuada da frequência respiratória ou em caso de paragem cárdio-respiratória o débito passa para 15 litros/minuto através de insuflador manual ou máscara de bolso;
Não dar nada de comer ou beber à vítima;
Transportar a vítima na posição de decúbito dorsal com a cabeça elevada a trinta graus, mantendo a via aérea permeável.
Se houver risco de vómito transportar a vítima na posição de decúbito lateral para o lado oposto ao da hemiparésia com elevação da cabeceira a trinta graus.